Acordo entre o Ministério da Fazenda e o Congresso Nacional Impacta a Tributação
Na noite de quinta-feira, um importante anúncio veio dos corredores de Brasília: o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, junto ao presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comunicou um acordo que estabelece uma reoneração gradual da folha de pagamentos das empresas a partir de 2025.
Esse movimento legislativo surge após a decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afetou a continuidade da desoneração prevista até 2027.
O Que Muda para as Empresas?
Conforme o novo acordo, 17 setores econômicos manterão a desoneração em 2024, mas deverão se preparar para uma tributação que se intensificará ano a ano até igualar-se ao patamar geral de 20% em 2028. Atualmente, esses setores recolhem entre 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez dos 20% sobre a folha de pagamentos.
Estratégia do Governo e Reações do Mercado
A Advocacia-Geral da União (AGU) tem a tarefa de solicitar ao STF a modulação dos efeitos dessa transição, seguindo os termos acordados. Além disso, com o adiamento da reoneração impactando as contas públicas, espera-se que o governo proponha medidas para compensar essa renúncia de receitas, cujos detalhes ainda serão definidos.
Em meio a essas mudanças, Fernando Haddad mencionou que o governo planeja dedicar-se à reforma tributária da renda e da folha de pagamentos após concluir a regulamentação da reforma tributária do consumo.
Próximos Passos e Implicações para o Setor Empresarial
As empresas devem ficar atentas às novidades e se preparar para os ajustes necessários. Este é um momento crucial para avaliar estratégias fiscais e buscar orientação especializada, a fim de minimizar impactos financeiros e aproveitar possíveis oportunidades que surgem com as mudanças na legislação.